ASSESSORIA POLÍTICA
A função da Assessoria
Política
Em volta do político ninguém brilha. Todo brilho parte dele e volta
para ele. Esta é a regra do jogo que vale para todos os políticos,
independentemente de partido. Não é apenas o político quem provoca este estado
de luminescência em torno de si. O público, os eleitores e os circunstantes
fazem brilhar até mesmo um político reservado.
O brilho está nos olhos do público.
Por trás daquele brilho, entretanto, há uma equipe dedicada
trabalhando para produzir o sucesso político: seus auxiliares, em especial seus
assessores.
Os Tratados de Política, os Manuais de Campanha Eleitoral, os livros
dos Marketeiros, os trabalhos dos acadêmicos, todos ignoram o assessor e
raramente fazem qualquer menção a ele.
Na realidade, o trabalho do assessor é indispensável para o bom
exercício do mandato legislativo e do governo, em todos os seus níveis.
Não é uma tarefa fácil, para quem a leva profissionalmente a sério.
Entre o candidato e seus humores, os familiares dele, os membros do partido,
cabos eleitorais e os demais membros da equipe, ele deve portar-se com
discrição e reserva, deve produzir trabalhos de qualidade, deve contar com a
confiança do seu chefe e deve ser capaz de dizer a verdade para ele, sobretudo
a verdade inconfortável ou de conteúdo negativo.
O assessor nunca pode esquecer que em qualquer situação ele sempre
representa seu chefe. O que fala, com quem anda, o que faz..
Tendo realizado tudo isso a contento, permanecerá ainda sujeito sempre
à delicada condição em que a psicologia do político navega: “a necessidade de
confiar e o risco de confiar”, além do ciúme, o sentimento que “vigia” a
lealdade.
Quando você aconselha seu chefe
você deve comportar-se como se estivesse lembrando-o daquilo que ele já disse e
esqueceu, mas nunca chamar a atenção para a luz que ele não está enxergando.
– Baltasar Gracián
Maquiavel e Gracián alertaram para as dificuldades desta importante
função política.
Para quem ainda tiver dúvidas sobre a importância e grande
complexidade dessa carreira, basta lembrar que Maquiavel, em especial neste
tema, sabe muito bem o que está dizendo.
Não apenas foi embaixador e assessor político da república de
Florença, como escreveu O Príncipe dedicando-o a Lorenzo de Medicis, na
expectativa de que este o contratasse para assessorá-lo.
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